8.11.06

Com o M ao contrário

Começa bem assim, com o m ao contrário.

2 comentários:

Anónimo disse...

É...meu priminho, também achei especial teres colocado o M ao contrário. Não posso resistir em congratular-te pelo poema activamente bonito que aqui publicaste e ofereço-te também um dos meus. Este foi escrito numa tarde cinzenta e fria em que quase explodi de saudades de amigos que aí deixei.
Espero que gostes, é aquilo que eu sinto pelo povo português, o "Povo das marés"
Beijo da prima que está no fio Berlim

Berlim 2001

Povo das marés

Gente que vive num delta
desse rio de emoções...
que só vê no horizonte
o azul-verde do mar

Povo que ri comedido
e que chora para dentro
de um coração a clamar
por seu amigo perdido.
Despreza dolentemente
a gargalhada da fortuna,
canta um fado num lamento
de quem sofre, porque ama.

Povo de um cais barroco
que ninguém sabe quem fez,
mas que é o encontro
e a eterna despedida!

Povo escuro do atlante,
de paixões desmedidas...
povo antigo das marés,
dos mares que dão a vida!
Que matou... mas por amor!!!

Quem sabe de onde ele vem?
Onde ele existe espalhado
nesse mundo de ninguém...?
E quem se interessar
pelo seu triste fado
conheçe a saudade ardente
de um coração remendado.
A poesia e a chama,
a labareda que o consome,
a malícia de um marujo
e a frescura da varina
um suspiro de um homem...

Povo do chão, das brumas!!!
Que se sabe corajoso...
que enfrenta mares de espuma,
que é simples, mas fogoso,
elegante em seu destino
colhe as cinzas do passado,
e nelas planta o seu jardim
como quem sente calado
o sabor do seu futuro!!!

Anónimo disse...

É...meu priminho, também achei especial teres colocado o M ao contrário. Não posso resistir em congratular-te pelo poema activamente bonito que aqui publicaste e ofereço-te também um dos meus. Este foi escrito numa tarde cinzenta e fria em que quase explodi de saudades de amigos que aí deixei.
Espero que gostes, é aquilo que eu sinto pelo povo português, o "Povo das marés"
Beijo da prima que está no fio Berlim

Berlim 2001

Povo das marés

Gente que vive num delta
desse rio de emoções...
que só vê no horizonte
o azul-verde do mar

Povo que ri comedido
e que chora para dentro
de um coração a clamar
por seu amigo perdido.
Despreza dolentemente
a gargalhada da fortuna,
canta um fado num lamento
de quem sofre, porque ama.

Povo de um cais barroco
que ninguém sabe quem fez,
mas que é o encontro
e a eterna despedida!

Povo escuro do atlante,
de paixões desmedidas...
povo antigo das marés,
dos mares que dão a vida!
Que matou... mas por amor!!!

Quem sabe de onde ele vem?
Onde ele existe espalhado
nesse mundo de ninguém...?
E quem se interessar
pelo seu triste fado
conheçe a saudade ardente
de um coração remendado.
A poesia e a chama,
a labareda que o consome,
a malícia de um marujo
e a frescura da varina
um suspiro de um homem...

Povo do chão, das brumas!!!
Que se sabe corajoso...
que enfrenta mares de espuma,
que é simples, mas fogoso,
elegante em seu destino
colhe as cinzas do passado,
e nelas planta o seu jardim
como quem sente calado
o sabor do seu futuro!!!