8.10.07

Turbilhão

A escada das memórias
Sobe sempre em caracol
Num rodopio desvairado
Que te empurra e solta
Na manhã submersa da tristeza
Onde vive a chama solitária.

Monstro vivo, algures na Terra
Decapitando os augúrios do Amor
Tenra carne, bendita pele
Morre e sonha e cai tão só
Que a vida não quis que fosse
Um dia mais na clara cor.

Miguel Nuno 2007

(In MacapiZine n.º 3, Outono de 2007)
http://macapi-macapi.blogspot.com

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